CUIDADOS NO PÓS-PARTO DE CADELAS E GATAS
A primeira coisa é se certificar de que a pet tenha dado a luz a todos os filhotes. Às vezes...
A primeira coisa é se certificar de que a pet tenha dado a luz a todos os filhotes. Às vezes os filhotes permanecem alojados no interior do útero, por uma insuficiência da fêmea em conseguir expulsar todos os “bebês”. Essa situação pode gerar problemas à curto e médio prazo após o parto. Nestas situações algumas alterações podem ser observadas pelo tutor, como:
– Fêmea desinquieta e que se lambe o tempo todo. Em situações onde ainda podem haver fetos retidos na cavidade uterina é comum a fêmea apresentar um comportamento diferente, onde se observa prostração ou lambedura constante da área genital, bem como latidos ou uivos indicando processo doloroso.
– Secreção vaginal pode ser um indício de problemas. Se houver uma secreção com mal cheiro e escura no dia posterior ao parto, leve a pet imediatamente ao veterinário. Pode estar acontecendo alguma infecção no útero ou algum filhote morto pode não ter sido expulso.
*Secreção vaginal normal: a presença de uma secreção de avermelhada à esverdeada na vulva é normal nos primeiros dias. Com passar das semanas essa secreção deve diminuir em volume e coloração até ficar transparente e não ocorrer mais.
Observações rotineiras:
– Cuidados com a glândula mamária: verifique os mamilos diariamente e limpe com água morna se tiver leite ressecado. Se houver qualquer alteração de descoloração da pele, inchaço, sensibilidade ou ferida, procure um médico veterinário para avaliação.
– Alimentação: a indicação é oferecer uma alimentação especial para a mãe a partir do terço final da gestação até final da amamentação. Veja com o veterinário a mais indicada para a sua pet. Mas, normalmente a cadela vai comer uma quantidade maior do que estava acostumada, sendo indicada a alimentação livre neste período.
– Atividade: a mãe ficará todo o tempo com os filhotes nas três primeiras semanas; em alguns casos pode ser difícil até mesmo chegar perto dos filhotes ou algo assim. Mas lembre-se: a mamãe também tem que ter seus momentos para comer e fazer as necessidades diárias normais, em alguns casos é necessário a retirada dos filhotes por pequenos períodos para que a fêmea de atenção ao seu bem estar.
– Efeitos gerais: normalmente a mãe pode sofrer perda excessiva de pelos durante o período de amamentação e também pode ocorrer uma perda de peso, porém se ela for exagerada, deve-se procurar o veterinário.
– Castração: após 4 a 6 meses do nascimento dos filhotes, a cadela entra no cio novamente. Caso deseje castrar o animal, ele deve passar por consulta com veterinário após os filhotes terem sido desmamados para verificar a viabilidade do procedimento.
CUIDADOS COM OS FILHOTES
– Desenvolvimento dos filhotes: os filhotes nascem com os olhos fechados e com a entrada dos ouvidos protegida, por isso são completamente dependentes do faro e dos cuidados da mãe para sobreviver. Os olhos começam a abrir com 10 a 15 dias pós-nascimento e os ouvidos com 15 dias. Nos primeiros dias de vida, os filhotes apenas se arrastam para junto da mãe. O desenvolvimento motor é rápido e os filhotes começam a engatinhar e a tentar se firmar nas 4 patas com 20 dias aproximadamente. Aos 30 dias de vida já são capazes de digerir uma dieta mais sólida, iniciando a fase de desmame.
– Primeira visita ao veterinário: se o pós-parto estiver indo bem, os filhotes devem ir ao veterinário com 40 dias para uma consulta e início do protocolo de vacinação. O protocolo de vermifugação deve ser iniciado ainda em casa, sob orientação de um médico veterinário, que orientará quanto a duração, dose e intervalo de uso.
– Desmame: O pré-desmame começa com o nascimento dos dentes por volta da quarta semana e se encerra por volta da oitava semana de vida do filhote. Antes do desmame completo não é aconselhável que se separe o filhote de sua família. Além da proteção oferecida pelo leito materno, estar com mãe e irmãos por pelo menos 2 meses permite ao pet se tornar membro de um núcleo familiar. Isso faz com que ele entenda naturalmente a noção de hierarquia, e essa socialização primária diminui as chances dele ter problemas de relacionamento com outros pets de sua espécie na fase adulta, tornando-o mais dócil e fácil a convivência com sua família humana.
Informações sob supervisão da Médica Veterinária Residente Arianny Campos Bernardo.